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sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Elite tem seu perfil traçado

Pesquisa mostra o que mantém 6% da população no topo da pirâmide social.

Ao se iniciar mais um ano, muitos planejam ações necessárias para a concretização de objetivos – os quais, freqüentemente, estão relacionados ao ganho de mais dinheiro. Uma pesquisa inédita realizada pelo professor de Marketing e diretor do Instituto de Pesquisa IP2 Outsourcing (CURITIBA-PR), Marcelo Peruzzo se propõe a contribuir para que planos dessa ordem sejam alcançados, mostrando quais características os indivíduos mais favorecidos financeiramente compartilham.

No Brasil, apenas 6% da população brasileira (algo em torno de 11 milhões de pessoas) fazem parte das classes A1 e A2 (famílias com renda superior a R$ 6.563,73). Os dados nos quais se baseou o estudo foram coletados com 526 pessoas de todas as regiões do País, pertencentes a essas classes. A partir de entrevistas feitas pessoalmente, por telefone e por e-mail, produziu-se uma pesquisa cuja margem de erro é de 2%. Dos indivíduos que responderam ao estudo, 66% eram homens e 34%, mulheres. Todos eles foram consultados entre os dias 1º e 30 de novembro de 2007.

Quando se fala em elite, freqüentemente uma pergunta vem à tona: “Dinheiro traz felicidade?”. Pelo resultado da pesquisa, sim – pois 91% da elite se considera feliz. Para Peruzzo, quanto mais dinheiro, mais felicidade. De acordo com o professor, desde que o dinheiro seja de origem ética, o desejo de acumulá-lo não deve ser visto como algo negativo. “O dinheiro é a recompensa de quando você é qualificado e da habilidade de mostrar essa qualificação aos outros”, afirma. Quanto à satisfação com a atividade profissional, 80% dos entrevistados se consideram satisfeitos. E ainda: 60% da amostra afirma ter um ótimo ou bom relacionamento com seus chefes. “Ver o chefe como um parceiro é um dos pontos de acerto de quem quer ser bem-sucedido”, elege Peruzzo. “Se a relação com ele (chefe) é ruim, a chance de ter um bom rendimento é mínimo”, avalia o professor.

A respeito do tipo de função que desempenham, 59% dos entrevistados dizem cumprir papéis ao mesmo tempo estratégicos e operacionais. Já 28% dizem ter função apenas estratégica e 13% se intitulam profissionais somente operacionais. Para Peruzzo, está claro: quanto mais operacional é o trabalho, mais reduzidas são as chances de riqueza, principalmente no Brasil. Outra característica da elite, segundo Peruzzo, é o empreendedorismo. “Esse é o caminho mais curto para o sucesso”, sintetiza. Entre os entrevistados, 25% pensam em ter empresa própria; 21% afirmam que terão sua empresa; 33% já possuem empresa própria; e outros 21% estão satisfeitos trabalhando como empregados. A pesquisa reforça ainda um ponto no qual os headhunters insistem há alguns anos: a necessidade de formação. “Sem formação acadêmica, é praticamente impossível fazer parte da elite: menos de 5% da amostra conseguiu”, frisa o professor. Por outro lado, trabalhar diretamente na área de formação (45%) ou em área relacionada (32%) tem praticamente a mesma importância. Mas atuar em um terreno totalmente diferente (16%) diminui de modo significativo as chances de quem quer fazer parte da elite. “Precisamos ser primeiro especialistas, para depois sermos generalistas”, sugere o autor do estudo.

Outras particularidades da elite:

Política: Apenas 7% dela anseia ter um cargo político no futuro.

Responsabilidade social: 90% dos integrantes da elite praticam ou já praticaram ações de responsabilidade social.

: 95% acreditam em uma força superior.

Grau de formação acadêmica: 64% possuem especialização; 24%, graduação; 7%, mestrado; 3,5%, ensino médio; 1%, doutorado; e menos de 1%, apenas o ensino fundamental.

Livros lidos por ano: 2 a 5 – 45%; 5 a 10 – 33%; mais de 10 – 15%; 1 – 7%.

Empregabilidade: Apenas 7% da elite está atualmente desempregada (o percentual de desemprego no Brasil gira em torno de 8,5%).

*Marcelo Peruzzo é mestre em Gestão de Negócios, diretor executivo do IP2 Outsourcing e professor de Marketing, Ética e Relacionamento da FGV MANAGEMENT.

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