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quarta-feira, 18 de julho de 2007

Culpado?

Muito se tem falado a respeito do acidente do vôo 3054 da TAM, nesta terça-feira no aeroporto de Congonhas, São Paulo. Muito se especula a respeito e poucas evidências são mostradas. Primeiro porque é realmente difícil apurar o que aconteceu, principalmente numa área onde são necessários dados técnicos concretos para se chegar a uma conclusão. Depois porque a maior parte da imprensa parece se preocupar com o sensacionalismo em detrimento da informação.
Vai aqui um parêntesis: no telejornal da Rede Bandeirantes, a imagem da queda de uma das paredes do depósito de cargas foi repetida à exaustão enquanto se formulavam hipóteses que, a cada vez que eram difundidas, entravam em conflito com hipóteses anteriores. Deixou de ser busca por conclusões para trabalhar com a especulação ao vivo. Além disso, a jornalista que acompanhava o trabalho dos bombeiros no local, chorava a cada anúncio de retirada de um corpo. Humano, mas não-profissional.
Voltando ao caso, o que me pareceu mais ululante aos olhos não foi sequer comentado. O que teria acontecido se o avião, ao invés de ter atingido o galpão da TAM fosse em linha reta, estatelando-se sobre a Av. Washinton Luiz?
Tese: Conclua-se que o piloto foi o culpado pelos erros técnicos na aterrizagem; ou conclua-se que a Infraero, a Administração do Aeroporto ou a "pista" seja a culpada pelo acidente e a consequente derrapagem; ou ainda conclua-se que a falha foi mecânica no avião que deveria ter freado quando na verdade acelerou (segundo informações de testemunhas e imagensdo aeroporto, ainda não divulgadas, mas já comentadas).
Independentemente da culpa, o que se deve ressaltar é a perícia do piloto no momento do acidente. Pelas imagens, pela posição do galpão da TAM em relação à pista, pelo horário e o movimento nas ruas ao redor do aeroporto no instante do acidente, o piloto "escolheu" acertar um galpão de depósito, ao invés de ir em linha reta e explodir a aeronave nas ruas de São Paulo. Se o piloto fosse mais à esquerda, ele atingiria um posto de distribuição de combustível (posto de gasolina); se fosse mais a direita ou em linha reta, "atropelaria" inúmeros veículos e pedestres até que o avião parasse sobre as oito pistas da Av. Washinton Luiz.
Querem afirmar que a derrapagem levou o avião até o galpão da TAM. Mas me parece muito mais claro que o piloto "escolheu" chocar-se contra o galpão da empresa aérea e arriscar a vida dos que ali estavam a serviço, que seguir em disparada ante as ruas congestionadas da capital paulista.
Tem dúvidas? Dê uma olhada em imagens aéreas das proximidades do aeroporto e escolha o local em que você "jogaria" um avião com o menor risco possível... (abaixo, uma do Google Earth).

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